terça-feira, 15 de novembro de 2011


Suspiro

Preciso mais do que ar para viver
Preciso sentir o chão e ver a água nascer
Olhar o fogo no horizonte
As asas que voam distantes
Um árvore, só, em um monte

É preciso estar, para então respirar
Enxergar mais além, descobrir outro olhar
Notar o espinho e apreciar a flor
Atravessar sete mares,
Se preciso for
Para encontrar o doce lugar
Onde ainda haja um suspiro de amor

Glauber"
18/10/11

quarta-feira, 24 de março de 2010

Devagarações


Sei que não faço tudo certo
Não falo o que ela quer escutar
Não peço desculpas
Mas também não a faço chorar

Sei que sou mais um
Mas o único na multidão
Sei que as respostas às vezes são o não
Sozinho sem pestanejar
Não grito e não digo nada
Até alguém poder escutar

A voz que se cala
O canto que pára
Com medo do aplauso
A fuga do claustro
E o desejo de inovar

Eis que me descubro homem
E não há lamento algum
Não há mais sede
Não há mais fome
Porque sei que posso sonhar


Glauber”

terça-feira, 23 de março de 2010

Unicidade


Somos iguais
Claro
Sem uma verdade
Unicidade
Mesmos anseios
Mesmos apelos
Mesmo poder

Ser o que se crê poder ser
Ser o que não se prevê
Ser o quer que sejamos
Enfim
Felizes
Sim

Por que não?
Por que não se adaptar
Por que querer se confrontar
Com o que há?

Por ser ser humano
Por não querer profanar
Por querer sempre chegar
A algum lugar que nos indicaram
Em algum lugar que nos sonharam
Por querer argumentar

Não ser indiferente
Sem querer ser melhor
Ser especial
Sem ser anormal
Ser um ideal
Que é ao próximo
Amar?

Para ser ....
Humano


Glauber

Originado em 12/11/2009
00:13

sábado, 10 de janeiro de 2009


Fatal

Mais uma vez me vejo perdido
E perdido ao seu lado
Talvez errado
Me faça feliz
Guie os passos
De seu vil aprendiz
E diga o que eu sempre quis

Ouvir dos seu lábios
Doces palavras
Leves susurros
Poucos afagos
Sinceros e intensos
Assim como eu penso
E como deve ser

É você quem ouve meu grito
Que não se irrita quando eu repito
Quando tudo da minha vista some
Quando me aperta leve o peito
Quando eu nada tenho feito
Além do quem devo fazer

O normal
Te amar
Acovardar
Diante do trivial
Sorriso manso e sincero
Amor leve e fatal


Glauber"

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Eu ou você



Acho que te quero
Será que te quero
Será que só espero
Ser retribuído
Ser aceito
Ser perfeito
Para você?
Eu

Imperfeito
Insatisfeito
Intranqüilo
Injusto
Imaturo
Eu

Mais do que um amante
Um errante
Mais do que do eu
Sempre um alguém
Que te quer sempre bem
Sempre
Você

Glauber”

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Atual


O que são formas de adorar

Se não regras sem valor

Existe modo, trejeito ou ato

De experimentar o amor?


Não há cláusula

Capítulo, norma ou parágrafo

De determinar esse revoltado

Libertário e inssegurável

Que vai sem ser separado


Agir sem o convencional

Enlouquecer de forma normal

Sorrir sem motivo aparente

No simples e supreendente

Amor que é passado atual
Glauber"

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Do Nada

Eis que se vê longamente a pensar
Já riscou e matou o papel
Já chorou e jogou o cinzel
Como descrever esse sentimento
Que se estende por todo o seu tempo?

Pensa, insiste, grita e se aquieta
Esgotado pelo então nada feito
Mas se lembra, não tem o Direito
E do NADA precisa escrever
Cumprindo o seu nobre dever

Quem escreve só tem uma escolha:
Amar a pena e honrar a folha
A pureza e a angústia alquimizar
E do NADA extrair o seu verso
Da dor o seu tudo e o resto
E da palavra toda a sua força
Para leve continuar


Glauber”